terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Para mim?

No palco da vida não há limites, geram-se enredos e situações acopladas a imprevistos. Os cenários são idílicos em finais de tarde localizados na praia, em Sintra, no Chiado e num ambiente bastante intimista.

As luzes estão instaladas e os projectores direccionados, as personagens estudadas.

Toda a equipa está preparada para mais um ensaio, para mais um dia, para mais um acto.

“Decoraste o teu texto?”Sabes como interpretar a tua personagem?” Contudo, na história da vida nem todos os textos estão bem decorados e o improviso flúi a cada instante, dando um ar mais natural e espontâneo à peça.

Não há muitos minutos de silêncio, não pode haver, o teatro é feito de acções mais ou menos lentas, com mais ou menos representação corporal.

Procura-se sempre apostar na grande qualidade e num final feliz em papéis que no início se apresentam relativamente fáceis, mas que com os géneros, estilos e idades das representações e personagens envolvidas se vão tornando mais difíceis e trabalhosos.

Numa vida cheia de entusiasmo e vivências não conseguimos parar. Aprendemos a viver ao mais ínfimo pormenor.

Todos os detalhes e poses contam no teatro, “não saias de casa sem fazer aquela pose de campeão ao espelho e sem veres que está tudo perfeito”

A vida do personagem daria uma boa capa de revista, uma boa exposição de fotografia porque vivia intensamente sem medo e na procura diária da felicidade. Nada fácil, numa vida tão preenchida de actividades tão díspares.

Não faz ideia do seu grande valor artístico (faz alguma mas não toda) mas de facto permitiu que a arte voltasse a ter lugar privilegiado na minha vida, a encher de tinta os meus pincéis e a cobrir as minhas telas.

Eu sorrio... e só
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